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PLANO SALDADO

Aqui você vai ficar por dentro do resultado dos investimentos do Plano Saldado e de diversos outros detalhes sobre o seu desempenho em 2023. Além disso, poderá ler uma análise do cenário econômico global e as perspectivas para 2024!

CONSIDERAÇÕES ECONÔMICAS À
gestão de investimentos

O ano de 2023 foi caracterizado por um cenário desafiador nos mercados globais. O cenário de inflação persistente nos Estados Unidos e na Zona do Euro trouxe a necessidade de políticas econômicas mais restritivas, com taxas de juros em patamares elevados no decorrer do período. Nos Estados Unidos, a taxa de juros subiu de 4,50%a.a. para 5,50%a.a. ao longo do ano, para uma inflação que caiu para 3,4% no fim do ano, vindo de comparada a patamar próximo aos 6,50% do ano anterior. A situação não foi muito diferente na Zona do Euro, onde a taxa de juros subiu de 2,5%a.a. para 4,5%a.a. ao longo de 2023, para uma inflação que caiu de 8,6% para 2,9% no mesmo período. Não obstante, as expectativas relacionadas a extensão do ciclo de ajustes monetários nas principais economias, sobretudo, a norte-americana, contribuíram para a volatilidade dos mercados, impactando diretamente na curva de juros, bem como no mercado acionário.

 

Do lado real, como esperado, as altas taxas de juros impactaram no nível de atividade econômica de forma heterogênea. Os dados anualizados de produção industrial da Zona do Euro demonstraram crescimento próximos de zero, enquanto nos EUA houve crescimento 2,9% no ano até 3T23. Cabe destacar que parte desse desempenho se deveu ao movimento conhecido como near-shore, a aproximação geográfica entre as operações (oferta) e os mercados consumidores (demanda). Na prática, empresas situadas no Oriente se deslocarem para o México e outros países latino-americanos, por exemplo, para ficarem mais próximas de mercados compradores como os Estados Unidos. Trata-se de um efeito direto da ruptura da cadeia global de suprimentos, resultante da pandemia de COVID-19, quando houve um desabastecimento de produtos em todo o mundo.

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Consonante a esse movimento, o desempenho da China, por sua vez, oscilou bastante desde o início da pandemia, fechando em 5,2% em 2023, acima do estimado pelo governo, mas aquém do que histórico recente pré-pandemia. Mesmo com o fim das restrições impostas pela estratégia de COVID zero, a atividade não retomou a pujança esperada, inclusive, apresentando deflação na segunda metade do ano. Taxa de desemprego alta, especialmente entre os jovens, atividade industrial fraca e baixo consumo interno foram e serão os grandes desafios do gigante asiático no pós-pandemia, com importantes reflexos sobre a economia doméstica.

 

Do lado emergente, principalmente latino, o cenário foi de combate à inflação com políticas monetárias apertadas. No Brasil, após um longo ciclo de aperto monetário, os sinais sobre o nível de preços passaram a aparecer lentamente, encorajando a autoridade monetária a iniciar o processo de redução da Taxa Selic, ainda que de forma cautelosa. A taxa básica de juros doméstica passou de 13,75% no início do ano para 11,75% em dezembro de 2023.

 

Pelo lado dos investimentos, com condições creditícias mais justas se refletindo nos balanços das empresas, o desempenho da bolsa de valores brasileira foi bastante volátil, registrando forte correlação com o apetite do investidor estrangeiro. Ainda que com grandes oscilações, a renda variável registrou ótimo desempenho no fechamento do ano, especialmente, por conta do rali de novembro, cuja alta ultrapassou os 20% no mês. No segmento de exterior, por sua vez, os resultados também foram positivos, devido ao bom desempenho da bolsa norte-americana e da renda fixa no exterior. A alocação em fundos de investimentos no exterior foi uma estratégia de diversificação da carteira frente aos fatores mencionados anteriormente.

A renda fixa, aproveitando o cenário descrito de juros elevados, exerceu importante papel no desempenho da carteira de investimentos, sendo o fiel da balança nos momentos de maior volatilidade. Desta forma, a partir de uma gestão equilibrada e diversificada dos ativos, foi possível alcançarmos e até superarmos as taxas mínimas atuariais e os índices de referências determinados para o ano de 2023.

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Pessoas de negócios se divertindo

A rentabilidade do Plano de Benefícios Saldado no ano foi de 14,03%, superando o parâmetro de desempenho (taxa mínima atuarial) de 9,61%, no mesmo período. O segmento de renda fixa obteve retorno de 12,93%; o segmento de renda variável, de 26,93%; o segmento de Investimentos Estruturados valorizou 10,12%; o segmento de Investimentos no Exterior apresentou retorno de 22,19%; o segmento Imobiliário 18,61% e o segmento de Operações com Participantes correspondeu a 14,37%.

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Rentabilidade Plano Saldado em 2023:
14,03%

Para 2024, o principal ponto a ser observado na gestão dos investimentos será como as principais economias globais, sobretudo a norte-americana, conduzirão a reversão de suas políticas monetárias restritivas, adotadas com vistas a controlar os efeitos inflacionários em suas regiões. A intensidade e velocidade deste processo, a nosso ver, será o principal fator a impactar no desempenho dos ativos. Enquanto isso, internamente, a despeito deste processo de reversão monetária já ter percorrido um bom trecho, a condução econômica, principalmente, na seara fiscal, é um fator de incerteza relevante para o mercado e deverá ser o principal ponto de atenção nas discussões e decisões de investimento.

 

Em resumo, 2024 pede parcimônia: veremos ainda muita volatilidade no mercado, por outro lado, são nesses momentos que as oportunidades aparecem e devemos aproveitá-las olhando o longo prazo, mas sem descuidar do presente.

Escritório moderno

 CONSIDERAÇÕES SOBRE A
Gestão Previdencial

No ano de 2023, os resultados apurados nas Avaliações Atuariais dos Planos de Benefícios administrados pela Fundação Banrisul apresentaram sensível melhora em relação aos anos anteriores, como se verá a seguir:

 

Resultado da Avaliação Atuarial de 2023

 

Déficit Técnico 

 

Na Avaliação Atuarial de encerramento do exercício de 2023 o Plano de Benefícios Saldado manteve sua situação deficitária, porém, em patamar inferior ao dos exercícios anteriores, como demonstrado abaixo:

Em 31-12-2023 a insuficiência do Patrimônio de Cobertura do PB Saldado frente às Provisões Matemáticas é de R$ 75.588.208,97.

 

Considerando que o déficit apurado após o ajuste de precificação é inferior ao limite estabelecido pelas normas, não haverá necessidade de equacionamento obrigatório do resultado deficitário apurado no exercício de 2023.

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* Corresponde à diferença entre o valor dos títulos públicos federais da carteira de investimentos do plano atrelados a índice de preços classificados na categoria títulos mantidos até o vencimento, calculado considerando a taxa de juros real anual utilizada na Avaliação Atuarial, e o valor contábil desses títulos.

** Corresponde ao Déficit Técnico apurado no exercício após a dedução do Ajuste de Precificação

*** Calculado pela fórmula: 1% x (duração do passivo - 4) x Provisão Matemática. A duração do passivo apurada na Avaliação Atuarial de 2023 foi de 10,01 anos.

O déficit apresentado em 31-12-2023 deriva daquele contabilizado no encerramento do exercício de 2022 e não equacionado, tendo sido atenuado pela redução das provisões matemáticas em relação a dezembro de 2022 e pela rentabilidade favorável no exercício.

 

A redução das provisões matemáticas ocorreu, sobretudo, em decorrência de alterações nas premissas, como segue:

Rotatividade: alterada para a tábua Experiência Saldado 2015-2022 acarretando a redução de R$ 630.378 (-0,04%) nas provisões matemáticas de benefício definido totais do plano;

 

Taxa de Juros: alterada de 5,69% a.a. para 5,89% a.a. acarretando a redução de R$ 27.766.916 (-1,84%) nas provisões matemáticas de benefício definido totais do plano;

No que tange à rentabilidade, no período compreendido entre janeiro e dezembro de 2023 a meta atuarial do plano foi de 9,61%, composta pelo INPC de 3,71% mais taxa de juros de 5,69%, enquanto que a rentabilidade alcançada no mesmo período foi de 14,23%, representando um ganho atuarial de 4,21%.

 

Em 2023 foi publicada a Resolução CNPC nº 58/2023 facultando a elaboração e aprovação até 31-12-2024 do Plano de Equacionamento referente ao resultado deficitário de 2022.

 

Tendo a FUNDAÇÃO BANRISUL optado pela aplicação dessa Resolução para o Plano Saldado, o déficit a equacionar verificado em 31-12-2022 foi incorporado ao resultado de 31-12-2023, o qual ficou dentro do Limite Técnico, conforme demonstrado acima, não sendo obrigatória, portanto, a implantação do Plano de Equacionamento.

Déficit Equacionado 

 

Em 31-12-2023 o Déficit Equacionado do Plano Saldado é de R$ 166.814.495. A origem desse déficit remonta aos exercícios anteriores, como demonstrado a seguir:

Na Avaliação Atuarial de 31-12-2020 o PB Saldado apresentou Déficit Técnico Acumulado no valor de R$ 175.290.708. Causas do Déficit Técnico do PB Saldado 2020: déficit originado, principalmente, pelo retorno dos investimentos abaixo da Meta Atuarial e pela variação das hipóteses atuariais, sendo as principais: (i) alteração da Taxa de Juros de 5,57% para 5,09%, acarretando um aumento do passivo em R$ 60,6 milhões; e (ii) alteração da Tábua de Mortalidade de AT-2000 suavizada em 10% para AT-2000 Basic suavizada em 30%, acarretando um aumento do passivo em R$ 71 milhões.

 

Também impactou na formação do déficit a sua evolução e a atualização cadastral, considerando a inflação do período e as movimentações da massa (impacto de aumento no passivo de R$ 38 milhões). O retorno dos investimentos de 2020 foi de 6,67%. Esse percentual líquido da inflação anual de 5,45% (variação do INPC no ano de 2020) resultou em uma rentabilidade de 1,16%, inferior à hipótese da taxa real anual de juros de 5,57% utilizada na Avaliação Atuarial de 2019. Naquela oportunidade não houve necessidade de equacionamento, conforme normas em vigor. O valor do Déficit Equacionado apurado naquela Avaliação Atuarial de 2020 foi de R$ 61.142.383, cuja origem remonta ao processo de migração de 2014, ano no qual foi instituída a cobrança das respectivas contribuições extraordinárias.

PLANO DE CUSTEIO
2024

No Parecer Atuarial de 2023 foram apresentados 3 Planos de Custeio a serem implantados de acordo com o cumprimento dos requisitos legais necessários para que se dê início à cobrança das respectivas contribuições extraordinárias. O Plano de Custeio I, com vigência a partir de 01-04-2024, corresponde aos percentuais de contribuição extraordinária do Plano de Equacionamento do Déficit de 2021 atualizados na Avaliação Atuarial de 2023, e que substituem os percentuais até então praticados, como segue:

 

Novos percentuais de contribuição extraordinária a partir de abril-2024 em substituição aos percentuais que vinham sendo cobrados – Plano de Custeio I 

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¹ Incidente sobre os benefícios saldados

A implantação do Plano de Custeio II, que prevê um aumento dos percentuais de contribuição de 6,98% para 7,65%, dependerá do cumprimento de requisitos legais (em especial assinatura de novo contrato com o patrocinador) e será objeto de prévio comunicado a todos os participantes e assistidos.

 

O Plano de Custeio III somente será implantado caso não seja possível, no decorrer do exercício de 2024, iniciar a cobrança dos percentuais de contribuição previsto no Plano de Custeio II.

 

O prazo remanescente de amortização do Déficit Equacionado é de 11 anos e 11 meses, contados a partir de 31-12-2023, sendo que os custos para sua cobertura deverão ser revistos na Avaliação Atuarial de encerramento de cada exercício, posicionada em dezembro.

GESTÃO DE
investimentos

Quer visualizar em detalhes tudo sobre a Gestão dos Investimentos do plano?

Acesse os links abaixo e confira! 

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GESTÃO
contábil

O resumo dos investimentos e de tudo o que rolou com a FBSS em 2023 você já conferiu. Agora, se quiser, pode analisar todos os números e informações em detalhes. No botão em destaque, você encontra as Demonstrações Contábeis do plano na íntegra.

O Plano Saldado encerrou o exercício 2023
com 2.910 participantes

Saiba mais a seguir! 

Adiante você confere outros detalhes sobre a Distribuição de Participantes por categorias, despesas com a Folha de Benefícios Previdenciários e Receitas Previdenciárias do Plano Saldado.

PARECER ATUARIAL
do Plano

No link abaixo você acessa o Parecer Atuarial do Plano, relatório importante que apresenta a análise da consultoria atuarial contratada pela Fundação Banrisul. 

DESPESAS ADMINISTRATIVAS
previdenciais

Aqui você pode conferir o resumo consolidado das Despesas Administrativas Previdenciais da Fundação para manter a excelência na gestão dos planos que administramos. Acesse o link para baixar a planilha! 

 DISTRIBUIÇÃO DOS PARTICIPANTES
Ativos e Assistidos

Distribuição dos participantes - SALDADO ATIVOS.png

Observação: estão incluídos os participantes autopatrocinados.

Confira nos gráficos a seguir a composição de cada grupo:

PARTICIPANTES ATIVOS

Subtotal
288

Distribuição dos participantes - SALDADO BPD.png

*Benefício Proporcional Diferido

BPD - AGUARDANDO BENEFÍCIO*

Subtotal
12

Distribuição dos participantes - SALDADO ASSISTIDOS.png

*Benefício Proporcional Diferido

PARTICIPANTES ASSISTIDOS

Subtotal
2610

DESPESAS COM A FOLHA DE

Benefícios Previdenciários

Confira no gráfico a seguir:

Folha de Benefícios - SALDADO.png

Subtotal

118.861.581,66

 RECEITAS
Previdenciárias

Confira nos gráficos a seguir a distribuição dos tipos de contribuição:

Receitas Previdenciarias - SALDADO ATIVOS.png
Receitas Previdenciarias - SALDADO ASSISTIDOS.png
Receitas Previdenciarias - SALDADO AUTOPATROCINADOS.png
Receitas Previdenciarias - SALDADO PATROCINADORES.png

ATIVOS

Subtotal
242.930,70

ASSISTIDOS

Subtotal
3.258.472,16

AUTOPATROCINADOS

Subtotal
6.590,41

PATROCINADORES

Subtotal

3.496.223,29

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